No presente momento em que a economia mundial está em profunda crise de valores, procura-se desenvolver o cooperativismo como modelo credível porque é socialmente mais justo porque não joga na especulação capitalista ou financeira, é bom aos trabalhadores estarem atentos e participarem na vida destas.

 

ECONOMIA SOCIAL E AS COOPERATIVAS

 

 

A propósito da realização em Lisboa, nas instalações da FIL, nos dias 24 e 25/10/08, da primeira Feira Mundial e oficial do sector Cooperativo, dedicado aos seus produtos produzidos e comercializados por Cooperativas e de produtos do comércio justo.

Esta feira, que teve por objectivos mostrar e promover produtos cooperativos, reuniu várias empresas cooperativas dos mais variados sectores de serviços, de alimentos e bebidas a outros bens de consumo, mostrou assim a sua criatividade e o apoio ao desenvolvimento das sociedades e povos sem ter por fim o lucro.

Porque se estava num momento especial foi ainda aproveitado para se realizar o 8º. Encontro Cooperativo dos Povos de Língua Portuguesa. Mais uma vez se trocaram experiências e formas de cooperação assim como da procura de soluções para os problemas que afectam os povos como seja a organização de cooperativas e o apoio que estas necessitam e o que estão a fazer.

Todos os países Lusófonos estiveram presentes e falaram das suas preocupações e lutas no sentido de haver um protagonismo mais amplo e exemplar ao serviço dos povos e da necessária criação de apoios oficiais, assim como através de leis de organização e reconhecimento das cooperativas onde ainda os não há.

No presente momento em que a economia mundial está em profunda crise de valores, procura-se desenvolver o cooperativismo como modelo credível porque é socialmente mais justo porque não joga na especulação capitalista ou financeira, é bom aos trabalhadores estarem atentos e participarem na vida destas.

Aqui a aposta é procurar através do desenvolvimento do sector cooperativo em geral, mas também no do seu sector financeiro representado em Portugal pelas Caixas de Crédito Agrícolas que estão bem de saúde porque estas se auto-financiam com activos próprios, que são o fruto dos seus lucros anuais reinvestidos e que por isso mesmo não estão devedores nem correm risco de colapso.

Agora mais uma vez foi chamada à atenção para que o governo pretenderá encerrar o INSCOOP, manifestamos desde já que será um grande prejuízo para o Movimento Cooperativo pelo que caso venha a acontecer nos devemos de opor. Nada nos garante que seja o que vier depois não ponha em causa a supervisão e regulação deste cobiçado e importante sector económico.